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Dr. Amarante, um herói londrinense

O AMOR É MINHA BIOGRAFIA 

Dias atrás li pela manhã um verso de Murilo Mendes: "O amor é minha biografia". Sei que, do ponto de vista literário, a frase não passa de um minúsculo fragmento na vasta obra do poeta mineiro; mesmo assim, eu me afeiçoei a essas palavras tão simples e tão puras, a ponto de repeti-las sempre que posso. 

 Quis a providência que a missa de sétimo dia da Dra. Édina de Paula caísse exatamente no Domingo de Páscoa. A cerimônia foi celebrada na pequena e bela Paróquia de Sant’Ana, que leva o nome da avó de Jesus. A igreja estava cheia de gente. Emocionaram-me as palavras do padre Manuel Joaquim e da promotora Susana de Lacerda, grande amiga de Édina. Se fosse preciso definir a procuradora de Justiça, falecida com apenas 56 anos, no auge da vida, eu usaria o verso de Murilo Mendes. O amor foi a sua biografia, Dra. Édina. 

O médico Luiz Carlos Miguita contou-me que Édina o procurou pouco antes de dar entrada à cirurgia (que seria a última) e disse a ele: "Há momentos em que não podemos morrer". Talvez seja verdade, Dra. Édina. Pessoas como você jamais podem morrer sem causar uma grande tristeza e uma inestimável falta. Mas todo dia é dia de ressuscitar. Deus não estava precisando de sua vida; estava precisando de sua ressurreição. 

Eis que abro o jornal na segunda-feira e leio a reportagem de capa, assinada pelo colega Celso Felizardo (um jornalista cujo sobrenome é perfeito para definir não ele, mas os seus leitores na Folha). Na página interna, ao lado da coluna Avenida Paraná, há uma foto e um breve perfil do médico cancerologista Antônio Amarante Neto. 

Dr. Amarante — cujo nome significa "aquele que merece" — é um herói da minha vida. Em 1995, no Hospital do Câncer de Londrina, ele realizou uma operação de mastectomia em minha mãe, Aracy Briguet. Graças a ele, minha mãe pôde viver mais 16 anos com alegria e entusiasmo. Viveu para conhecer os dois amados netinhos, Liz e Pedro. Não há dinheiro nem gratidão no mundo que paguem essa dívida. 

Ouso dizer que a cirurgia foi apenas mais um componente no renascimento de Aracy. O mais importante, acredito eu, foi a confiança, foi a calma, foi a tranquilidade, foi o realismo esperançoso que minha mãe encontrou em cada uma das palavras de seu médico, ao longo dos vários anos de tratamento e acompanhamento da doença. O mais importante foi a gentileza e a atenção dos funcionários do Hospital do Câncer. O mais importante foi ver a Vó Maria sentadinha no quarto do hospital, fazendo as suas orações. 

É preciso ter uma grande coragem e um indefinível amor ao próximo para ser um bom médico, especialmente quando se fala em câncer. Certamente não por acaso, a foto de Antônio Amarante publicada ontem na Folha tem ao fundo uma imagem da face de Jesus Cristo, aquele que teve a maior coragem e o maior amor de todos os tempos. Também não por coincidência, Murilo Mendes era um poeta convertido ao cristianismo. O amor é a nossa biografia. 

(Publicado na Folha de Londrina.)

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