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HCL promove casamento na Unidade de Cuidados Paliativos

Com o apoio de vários setores da instituição, de voluntários e fornecedores parceiros, o casal pôde realizar o sonho de se casar!

Existem coisas que acontecem para transformar o senso comum. Um casamento dentro de um hospital é uma delas! 

Felizmente, no HCL, temos a oportunidade de vivenciar momentos como esse com alguma frequência e enxergar vida onde muitos não conseguem.

O último final de semana foi especial para o casal Ramiro e Aparecida e também para os colaboradores e demais presentes em nossa ala de Cuidados Paliativos.

Em várias das conversas, eles mencionaram o sonho de casar. Casaram-se no civil, mas algo ainda faltava e, junto ao capelão do HCL, Adilson Jurkewicz, combinaram a realização de uma benção.

Sabendo disso, Equipe Interdisciplinar de Cuidados Paliativos Oncológicos (EICPO) tomou a iniciativa de participar dos preparativos. De início, planejavam algo simples, apenas duas taças para que o casal pudesse brindar e o noivo pudesse tomar o vinho que tanto queria. Com ajuda dos serviços de Nutrição e de Hotelaria, da Captação de Recursos, da própria Capelania e da equipe de enfermagem da Unidade de Internação Adulto, o evento começou a tomar forma e uma proporção maior do que imaginavam inicialmente... Com o apoio de fornecedores voluntários, haveria decoração, bolo, docinhos, salgados, fotos e música! Tudo que o casal tinha direito, mas, claro, de surpresa! 

No dia, a organização ficou por conta da EICPO e de colaboradores de outros setores envolvidos. A celebração foi promovida no sábado, dia 21 de abril de 2018, sob a benção de Deus e dos homens. A emoção foi grande!

Ramiro foi conduzido ao “altar” pelo filho de Aparecida, Ícaro, e ela, vestida de branco e com seu melhor sorriso emocionou o noivo, que não conteve as lágrimas.

Aparecida diz que Ramiro é o amor de sua vida e ele, enfático, disse que nunca a viu tão linda.

“Todos deveriam ter a oportunidade de viver um amor como o nosso”, disse ele, com a voz embargada e o peito, certamente, cheio de amor.

Para Aparecida, a concretização do casamento é o ápice da vida a dois. “Nós precisávamos disso. Agora posso chamá-lo de meu marido e ele pode me chamar de esposa”, conta entre lágrimas.

Aparecida e Ramiro também pediram que uma coisa estivesse registrada neste texto: sua gratidão para com o hospital, todo o corpo de enfermagem – desde a equipe do terceiro andar, onde Ramiro esteve internado antes – aos médicos e todos os demais colaboradores. Segundo o casal, o HCL já é sua casa e as pessoas que aqui estão, sua família. 

“Aqui somos só eu e ele, não temos família por perto, então receber esse cuidado e esse carinho todos os dias faz a diferença. Os funcionários, mesmo de outros setores, sempre vêm visitá-lo e isso é muito importante, preenche nossos dias”, diz Aparecida.

Os recém-casados agradeceram também a todos os voluntários e fornecedores que se uniram para transformar o sonho de casar em realidade. “Não esperávamos tudo tão lindo, nos surpreendeu! Ficamos muito felizes e gratos”, registrou Dona Aparecida.

O HCL deseja ao casal, uma união repleta de significado e que o enlace perante Deus e perante os homens seja a eternização deste sentimento sublime que é o amor! 

Registramos ainda nosso muito obrigado ao senhor Ramiro e à Dona Aparecida, que nos permitiram ser o instrumento para a realização deste sonho e que nos autorizaram a contar e dividir essa linda e inspiradora história de amor com o mundo!

Os agradecimentos se estendem também a todos os envolvidos na realização deste sonho:

  • Capelania (HCL)
  • Equipe Interdisciplinar de Cuidados Paliativos Oncológicos (HCL)
  • Serviço de Nutrição e Dietética (HCL)
  • Hotelaria (HCL)
  • Captação de Recursos (HCL)
  • Unidade de Internação Adulto (HCL)
  • Jô Salgados
  • Cacilda Furlan Decorações
  • Maria Inês Sella Doces Finos
  • Adriana Ramos Doces Finos
  • Padoka Panificadora e Confeitaria
  • Meg Doces
  • Pedro Fedato (fotografia)
  • Grupo Emona Instrumental

Ramiro e Aparecida: a história

Internado na unidade há duas semanas, Ramiro, um senhor português de 75 anos, altivo e de sotaque forte, tinha um sonho. Dona Aparecida (62), sua companheira há seis anos, também. O sonho, que eles compartilhavam desde então e que havia sido colocado em espera por conta de alguns acontecimentos da vida, era casar.

O casal é dono de uma linda história de amor, que contrariou a lógica a permanece firme. Ramiro morou em Portugal até 2015. Aparecida, que é brasileira, mudou-se para o país europeu em 1999 em busca de trabalho como cuidadora de idosos.

Em 2012, ela o conheceu e se interessou por ele. Com pouco tempo, o casal se aproximou e iniciou o relacionamento. Nos anos seguintes, Ramiro e Aparecida começaram a construir sua vida juntos, estavam investindo em uma padaria, que, segundos os sonhos dele, seria o ganha-pão da nova família que se formava.

No entanto, o destino mudaria a trajetória do casal luso-brasileiro em 2015: o filho único de Aparecida havia sofrido um acidente aqui no Brasil e sua mãe, que já estava doente há algum tempo, precisava de seus cuidados. Ela anunciou que voltaria. Ele, sem pensar duas vezes, largou os planos incompletos e a acompanhou.

Os dois voltaram para Maringá, cidade que Aparecida já morava antes de ir para Portugal. Algum tempo depois, decidiram mudar para Apucarana, onde tinham planos de abrir um negócio próprio. Até então, ele fazia pães para vender e Aparecida produzia camisetas.

Segundo ela, Ramiro sempre foi uma pessoa muito ativa. “Em Portugal ele tinha vinhas, era padeiro, pilotava moto... Aqui não foi diferente. Para complementar a renda, ele fazia pães para vender, pegava bicos, não parava!”

Mas foi no ano seguinte que a disposição de Ramiro começou a diminuir. Ele apresentava os primeiros sinais de que algo não estava bem: desmaios, fraqueza, etc. Os exames iniciais nada detectaram, mas a investigação continuou e, em 2017, os médicos identificaram uma leucemia.

A partir daí, Ramiro foi encaminhado para tratamento no HCL. O quadro, no entanto, não evoluía e, nesse período, ele passou pela UTI três vezes.

Os médicos decidiram, então, transferi-lo para a unidade de Cuidados Paliativos, onde Ramiro e Aparecida teriam mais conforto e onde ele receberia todo o cuidado necessário.

Na unidade, o casal sentiu-se ainda mais acolhido, como Aparecida fala “sentiram-se em casa, em família” e, por isso, decidiram receber a benção de Deus sobre sua união ali, junto de enfermeiros, médicos, técnicos, psicólogos, fisioterapeutas e toda a equipe daquele e de outros setores!

Ramiro e Aparec...
Ramiro e Aparec...
Ramiro e Aparec...
Ramiro e Aparec...
Ramiro e Aparec...
Ramiro e Aparec...
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Ramiro e Aparec...
Ramiro e Aparec...
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Ramiro e Aparec...
Ramiro e Aparec...
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Ramiro e Aparec...
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Texto: Assessoria HCL

Fotos: Pedro Fedato

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