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No dia 31 de agosto comemora-se o dia do nutricionista

Conheça o trabalho da equipe do HCL

Consumir uma alimentação balanceada é necessário para ter qualidade de vida e isso é conhecimento comum. Mas você sabe quais cuidados um paciente em tratamento oncológico precisa ter ao se alimentar? A equipe de nutricionistas do HCL, composta por sete profissionais, cuida de todo cardápio, dietas específicas, auxilia na produção - com cozinheiras e copeiras - e realiza últimos desejos de pacientes. Além disso, o preparo do cardápio estende-se a acompanhantes e funcionários do hospital. Em entrevista, os nutricionistas comentaram sobre os principais desafios e diferenças ao tratar paciente oncológico. 

Todos os pacientes que iniciam a quimioterapia e radioterapias, pacientes com prescrição médica ou que precisem de intervenção ao longo do tratamento e pacientes ambulatoriais são atendidos pelos nutricionistas. Os profissionais fazem um recordatório para entender o padrão alimentar do paciente e tentam se aproximar – quanto possível – disso. 

Uma das maiores dificuldades é que o paciente oncológico pode ter muita perda de peso. Em casos assim o mais importante é a ingestão calórica, por isso os nutricionistas oferecem opções. Inicialmente seguem a aceitação, para só depois melhorarem o que é consumido. Acontece também de o paciente deixar de comer por alguma dificuldade causada pelo próprio tratamento. Em casos assim a alimentação é adaptada até que se alcance resultados satisfatórios. 

Enquanto instituição filantrópica, o HCL recebe muitas doações. Os nutricionistas formulam o cardápio sempre baseado nisso. Proteínas são planejadas para todo o mês, enquanto guarnições e saladas são pensadas para uma semana e podem ser alteradas em poucas horas por novas doações, para evitar repetições e ter mais aceitação dos pacientes.

Outro ponto destacado pela equipe são os efeitos colaterais. “Em tratamentos como radio e quimioterapia o paciente pode sofrer muito com isso”, avaliou Geovana Chiconato, responsável pela nutrição na UTI e nos cuidados paliativos. Ingestão de certos alimentos pode aliviar ou piorar esses sintomas. Os nutricionistas auxiliam nesse momento e tornam-se fundamentais na qualidade de vida do paciente em tratamento. 

Sabe-se que antes mesmo do tratamento começar, lá no diagnóstico, o psicológico do paciente pode afetar seus hábitos alimentares. Por ansiedade, medo e muitos outros fatores, uns deixam de comer, outros comem em excesso e isso precisa ser monitorado. Pode acontecer de o paciente ter algum trauma anterior ao tratamento e por isso não se alimentar corretamente. Em casos assim nutrição e psicologia fazem um trabalho aliado, sempre de forma humanizada, respeitando o histórico e priorizando a saúde do paciente. Segundo os nutricionistas, isso acontece com grande frequência. 

Na ala pediátrica além dos desafios mencionados, acontecem também muitas restrições. Em sua maioria, as crianças tratadas no HCL são casos hematológicos. Por estarem com a imunidade muito baixa, muitos alimentos precisam ser evitados ou eliminados do cardápio para diminuir os riscos de infecção. 

Se o paciente solicitar algo que quer muito comer, em alguns casos específicos, os nutricionistas podem liberar a ingestão do alimento. Mas, produzem no hospital para segurança do paciente. “Por exemplo, o paciente está com vontade de comer coxinha. Ao invés de deixar a mãe trazer, a gente tenta fazer aqui. Ao invés de frita, fazemos assada, mudamos alguns ingredientes”, explicou Patrícia Menegazo, coordenadora da nutrição. “É mais por segurança alimentar, evitar risco de intoxicação, que por reposição de nutrientes”, completou Guilherme Ricarte, nutricionista responsável pela pediatria e UTI pediátrica. 

Crianças também sofrem com efeitos colaterais e isso é mais difícil controlar nelas que em adultos. Se um complemento ou suplemento for necessário, o adulto aceita melhor; se está enjoado, vai se esforçar mais para comer; com crianças nem sempre isso funciona. Por isso muitas vezes as crianças emagrecem mais e mais rápidos que adultos. Para amenizar essas situações, na pediatria o hospital oferece gastronomia hospitalar. Enquanto o paciente adulto tem uma opção de cardápio - são feitas alterações pontuais quando necessárias, na ala pediátrica são oferecidas duas opções para que haja maior aceitação. 

Além dos pacientes, outra questão trazida pelos nutricionistas são os acompanhantes. Familiares e amigos precisam somar ao tratamento, respeitando às restrições e necessidades nutricionais em nome da saúde do paciente. O hospital é muito grande e nem sempre os nutricionistas conseguem controlar tudo que o acompanhante traz “ilegalmente”, dificultando e atrapalhando a recuperação de seu ente querido. Fora do hospital e longe dos olhos dos nutricionistas é ainda mais difícil. Por conta do sofrimento causado pelo tratamento, quando o paciente volta pra casa, pais, familiares e amigos querem agradar e acabam cedendo. Essas concessões podem ser prejudiciais. 

Texto e fotos: Assessoria HCL

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