Dirce é uma das figuras mais conhecidas do HCL. Com uma história repleta de superação, ela é o personagem especial desta campanha Outubro Rosa; conheça!
Quem circula pelo Hospital do Câncer já conhece essa figura. Dona de sorrisos largos, uma voz inconfundível e uma história de superação, Dirce Quirino (60), funcionária do Hospital do Câncer de Londrina há 26 anos, sempre foi um exemplo de cuidado, consigo mesma e com o próximo. Como toda mulher deve fazer, sempre conheceu o corpo, realizava a autoapalpação da mamas frequentemente e nunca identificou nenhuma alteração.
Mas ao passar pelos exames de rotina, em março de 2018, a auxiliar de enfermagem foi surpreendida pela identificação de um nódulo no seio. Pouco tempo depois, passou pela ultrassonografia e pelo exame clínico com o médico especialista, que sentiu um nódulo profundo, de difícil detecção para um leigo e até para a própria auxiliar. Em junho do mesmo ano, a biópsia confirmou que se tratava de câncer. Definitivamente, um baque. Mas a boa notícia é que se tratava de um tumor pequeno, em estágio inicial, com alto índice de cura, se tratado corretamente.
“Receber o diagnóstico é sempre triste, então na hora fiquei um pouco abalada, mas lidei com naturalidade. O nódulo era bem pequeno e tratável. Além disso, eu conheço a equipe e confio muito neles”, confessou a auxiliar de enfermagem, que garantiu ter encarado a cirurgia, as 16 sessões de quimioterapia e as 33 sessões de radioterapia com leveza, autoestima e contando com o apoio de quem ama.
Dirce realizou os exames pré-operatórios e em agosto passou pela cirurgia. Durante o procedimento, notou-se o comprometimento de alguns linfonodos, então além da quadrantectomia (cirurgia que retira um quarto da mama), a auxiliar (e paciente) passou pelo esvaziamento axilar.
Durante todo o tratamento, Dirce não deixou de trabalhar. Hora atendia, hora era atendida. Enquanto paciente, ela conta que a maior lição que aprendeu foi sobre a importância da humanização. Ela percebeu que explicar todos os procedimentos, conversar com o paciente e tratá-lo com atenção é fundamental para o sucesso do tratamento. Além da lição, Dirce assumiu uma grande missão: orientar mais e mais pessoas a visitarem o médico regularmente, realizar mamografias e exames preventivos e a conhecer o próprio corpo, já que o conjunto desses fatores é crucial para maior efetividade do tratamento e maiores chances de cura. “Se descoberto precocemente o índice de cura do câncer de mama é bem alto”, reforça.
Quatorze meses após a cirurgia, Dirce já concluiu as sessões de radioterapia e quimioterapia e conta que não sofreu muito com efeitos colaterais, apenas eventuais episódios de falta de ar, que eram resolvidos rapidamente com inalação. A auxiliar de enfermagem também disse que já cuidava da saúde, mas que as atividades físicas passaram a ser mais intensas e a alimentação mais controlada (com menos carboidratos, açúcares e refrigerantes) depois do diagnóstico e ao longo do tratamento.
Atualmente Dirce recebe medicação via oral, incluindo hormonioterapia, e um novo medicamento que está em estudo com o setor de Pesquisa Clínica.
“Estou satisfeita com meu tratamento, está dando tudo certo, e tenho fé em Deus que já estou curada. Agora são só os comprimidos e o acompanhamento, sempre com pensamento positivo. A gente não pode se abater”, ensinou.
Texto e fotos: Assessoria HCL/Acervo pessoal