No Dia do Físico Médico, 07 de novembro, conheça mais sobre esta área tão importante para a oncologia.
Física e medicina tem tudo a ver! Com as teorias e conhecimentos da física, como eletromagnetismo, mecânica, ótica, radiação e física nuclear, foi possível desenvolver diversas tecnologias aplicadas à medicina nas áreas de radiologia, diagnóstico por imagem, medicina nuclear e até radioterapia. Tudo isso em prol do tratamento, cura e qualidade de vida do ser humano.
No Hospital do Câncer de Londrina, a física é aplicada no dia a dia do serviço de Radioterapia com o comando da equipe de física médica, formada pelos físicos Antônio Tannous, Eduardo Ferraz, Guilherme Yonashiro e Rodrigo Rubo.
“Somos responsáveis pelo cálculo da exposição de pacientes a funcionários à radiação, com as dosimetrias diárias e mensais, garantindo a proteção radiológica”, contou Eduardo Ferraz. Outra das tarefas, e talvez a principal delas, ligada diretamente ao tratamento, é o planejamento e cálculo das doses a serem aplicadas em cada paciente. “Nosso objetivo é otimizar a dose da melhor forma possível, poupando órgãos sadios e atingindo os que precisam ser tratados. Além disso trabalhamos diretamente com o paciente, na localização de primeira aplicação. Isso significa acertar o alvo e fazer os deslocamentos e posicionamentos do paciente para que o planejado seja executado pelo aparelho”, completou Guilherme Yonashiro. Calibrar os aparelhos, garantir que a dose calculada seja aplicada e realizar todo o controle de qualidade da radioterapia também fazem parte da lista de funções dos físicos médicos.
Há alguns meses o setor passa por um processo de remodelação. Recentemente, houve a chegada de um novo acelerador linear e obras de readequação do espaço físico vêm acontecendo simultaneamente. “Foi um grande salto de tecnologia. Há alguns meses usávamos uma máquina já defasada pelo tempo e agora temos o que há de mais moderno no país. Esperamos um futuro próspero, aumentando a qualidade dos tratamentos, reduzindo os efeitos colaterais nos pacientes e também as filas, já que a máquina é muito mais ágil que a anterior”, comentou Rodrigo Rubo.
Aos olhos de Antonio Tannous, o físico médico mais antigo da instituição, no quadro funcional desde 1976, as mudanças são ainda mais visíveis. No início, os únicos aparelhos disponíveis eram o Dermopan e o Stabilipan, muito eficazes para tratamento de tumores de pele mais superficiais. Com a chegada de Tannous e a estruturação física da unidade, foi possível receber um Cobalto 60 para tratamento de tumores profundos, além de implementar a braquiterapia (tipo de radioterapia interna) para tumores ginecológicos. Anos mais tarde, Tannous presenciou, em 2007, a chegada do primeiro Acelerador Linear e, em 2009, a chegada da braquiterapia de alta taxa de dose.
Com os mesmos olhos que presenciaram toda essa história, Tannous vê de forma positiva os avanços pelos quais o setor vem passando e projeta uma evolução ainda maior. “Uma das tendências é a troca do Cobalto 60 por um acelerador linear mais moderno e compacto”, conta. Com dois novos aparelhos à disposição, a expectativa é oferecer tratamento com qualidade ainda maior para os pacientes dos mais 160 municípios do Paraná para os quais o Hospital do Câncer de Londrina é referência em atendimento oncológico.
Texto e fotos: Assessoria HCL